Um rio de tradições, que faz o povo cantar e dançar. Um rio que inspira figuras assustadoras. Metade homem, metade bicho. O poder das carrancas serve até para espantar tempestades, acreditam os navegadores do São Francisco. Mas estas águas também abrigam um outro monstro temível. Caboclo d´água. Criatura estranha que mora nas profundezas do rio e na imaginação de muitos pescadores. Pode ser do bem ou do mal. Depende de como for tratado durante a pescaria. E é deste rio que vou falar agora venha comigo viajar pelo rio São Francisco, velho Chico ou Opará, como era conhecido pelos indígenas antes da colonização.
Tudo começa aqui.
Com 2.800 km de extensão, e drenando uma área de aproximadamente 641.000 km2, o rio São Francisco nasce no estado de Minas Gerais, na Serra da Canastra, desemboca no Oceano Atlântico, entre Sergipe e Alagoas. Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora(MG) e Juazeiro(BA)/Petrolina(PE) e o baixo, com 208 km , entre Piranhas(AL) e a foz, no Oceano Atlântico.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas. As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e sub-médio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais , cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total.
A área compreendida entre a fronteira Minas-Bahia e a cidade de Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual. Os aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora(MG), Januária(MG) e até mesmo em Carinhanha(BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.
À medida em que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação seca
Condições Pluviométricas
As condições pluviométricas, no baixo curso do São Francisco, diferem das constatadas no médio e alto cursos. No baixo vale os meses mais chuvosos são, geralmente, os de maio, junho e julho. O período de estiagem perdura de setembro a fevereiro, sendo outubro o mês menos chuvoso.
No médio e alto vales as maiores precipitações vão de novembro a março. O período menos chuvoso inicia-se em abril, estendendo-se até outubro, sendo junho, julho e agosto os meses de menores precipitações.
Condições de Navegabilidade
O Rio São Francisco oferece condições naturais de navegação entre Pirapora-MG e PetrolinaPE/Juazeiro-BA, durante todo o ano, com variação de calado segundo o regime de chuvas.
É navegável em seus trechos Médio e Baixo, sendo o Médio São Francisco compreendido entre Pirapora-MG e Petrolina-PE / Juazeiro-BA e o Baixo entre Piranhas-AL e a Foz.
Devido as diferentes características físicas existentes ao longo da via navegável, subdivide-se o trecho Pirapora-MG à Petrolina-PE/Juazeiro-BA em 03(três) subtrechos, a saber:
É navegável em seus trechos Médio e Baixo, sendo o Médio São Francisco compreendido entre Pirapora-MG e Petrolina-PE / Juazeiro-BA e o Baixo entre Piranhas-AL e a Foz.
Devido as diferentes características físicas existentes ao longo da via navegável, subdivide-se o trecho Pirapora-MG à Petrolina-PE/Juazeiro-BA em 03(três) subtrechos, a saber:
1º) Pirapora-MG à Pilão Arcado Velho-BA
Este trecho com 1.015km de extensão, apresenta condições bastantes distintas entre o período de estiagem e o de cheia, ocorrendo variações de níveis de até 6,00m.
Este trecho com 1.015km de extensão, apresenta condições bastantes distintas entre o período de estiagem e o de cheia, ocorrendo variações de níveis de até 6,00m.
Na cheia o leito do Rio é largo e regular, com estirões naturalmente navegáveis. No período de estiagem, a área molhada é menor, o talvegue se desenvolve entre ilhas e bancos de areia móveis ao longo do canal, que é desobstruído à medida que se torna necessário para manter a segurança da hidrovia.
Há também, a existência de travessões rochosos e pedrais em alguns trechos, pedrais junto à margem e pedras isoladas no leito do rio, que são devidamente sinalizados e balizados, garantindo navegação segura.
Quanto aos bancos de areia estima-se um volume anual de dragagem na ordem de 150.000m3 à 250.000m3, dependendo das condições do rio. Para todos os pedrais existentes, é feita sinalização com placas e bóias, e para alguns deles são feitos estudos quanto a possibilidade de derrocamento.
Quanto aos bancos de areia estima-se um volume anual de dragagem na ordem de 150.000m3 à 250.000m3, dependendo das condições do rio. Para todos os pedrais existentes, é feita sinalização com placas e bóias, e para alguns deles são feitos estudos quanto a possibilidade de derrocamento.
2º) Pilão Arcado Velho-BA à Barragem de Sobradinho-BA
Neste trecho a navegação é feita pelo Lago de Sobradinho ao longo de 314km, caracterizando-se como navegação lacustre com excelentes profundidades.
Neste trecho a navegação é feita pelo Lago de Sobradinho ao longo de 314km, caracterizando-se como navegação lacustre com excelentes profundidades.
Trecho com 42km de extensão e largura variando de
Represa de sobradinho ao cair da tarde.
4º) Piranhas-AL à Foz
Com uma extensão de 208km, apresenta navegação turística.
Com uma extensão de 208km, apresenta navegação turística.
A foz
Ponto de encontro do Velho Chico com o Oceano Atlântico. Lugar onde o maior rio 100% nacional mistura suas águas doces com as salgadas. Antigamente, dizia-se que o rio invadia o mar. Agora, com a visível morte lenta do rio (o que tende a aumentar, segundo ambientalistas, com a transposição ao invés da revitalização), é o mar que invade o rio. Mas o espetáculo não deixa de ser maravilhoso: a areia é branquinha, tem conchinhas no chão. Um detalhe interessante: em Piaçabuçu, as velas de jangada são quadradas, chamadas velas-borboletas.
Piaçabuçu fica a 117 km da capital. A saída para a foz pode ser de Penedo, dando um passeio maior pelo Chico. É um espetáculo especial, pela importância do São Francisco para as comunidades ribeirinhas e, principalmente, e pela própria magia da natureza.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
•Declividade Média: 8,8 cm/km
•Média das Vazões na Foz: 2.943 m3/s
•Velocidade Média de Corrente: 0,8 m/s (entre Pirapora - MG e Juazeiro - BA).
•Declividade Média: 8,8 cm/km
•Média das Vazões na Foz: 2.943 m3/s
•Velocidade Média de Corrente: 0,8 m/s (entre Pirapora - MG e Juazeiro - BA).
PRINCIPAIS AFLUENTES
Rio Paraopeba;r
Rio Abaeté;r
Rio das Velhas;r
Rio Jequitaí;r
Rio Paracatu;r
Rio Urucuia;r
Rio Verde Grande;r
Rio Carinhanha;r
Rio Corrente;r
Rio Grander
Rio Paraopeba;r
Rio Abaeté;r
Rio das Velhas;r
Rio Jequitaí;r
Rio Paracatu;r
Rio Urucuia;r
Rio Verde Grande;r
Rio Carinhanha;r
Rio Corrente;r
Rio Grander
Termino por aqui esta postagem, e espero que tenham gostado. As informações acima foram retiradas da internet.